O pior da ISI

A imagem das “carroças” no mercado automobilístico brasileiro antes dos anos 1990 já está de tal forma arraigada que muitos saúdam a suposta modernização da indústria atual, como já comentamos antes em Carroças e ISI.  Por isso, vale a pena dar mais um exemplo (além de proteção comercial e de renúncia fiscal) de política pública para o setor automobilístico hoje, como o programa de financiamentos subsidiados do Proengenharia do BNDES. Os recursos destinam-se a financiar a engenharia de vários setores “visando estimular o aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no país”. Um dos mais recentes contemplados é a Volkswagen, R$ 342 milhões para o “desenvolvimento de um veículo subcompacto, de um sedã médio e à modernização (face lift) de outros modelos produzidos pela montadora no País”. Recursos públicos transferidos para uma empresa, segundo a The Economist, com notáveis resultados em meio à grande recessão e em vias de conquistar o mundo (ver também aqui). A Volkswagen não está só. Outras companhias do setor, como a Renault/Nissan, também aproveitam o empenho em garantir recursos públicos escassos para o “aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no país”.

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