43.060 Corporações Transnacionais (TNCs), classificadas de acordo com definição da OCDE, e suas conexões via participações societárias, definidas como controle. 737 maiores grupos acumulam 80% de controle sobre o valor total das TNCs. A desigualdade nesse indicador é muito superior à desigualdade na distribuição da renda de firmas e famílias nos países desenvolvidos. Uma amostra ainda menor, de 147 TNCs (75% das quais entidades financeiras), constitui uma espécie de “super-entidade” da rede global das grandes corporações. Essa “super-entidade” controla 40% do valor total das TNCs globais.
A elevadíssima concentração do controle do poder econômico global resulta de um processo espontâneo em que riqueza gera ou atrai mais riqueza e concentração. Mas uma rede de corporações conectadas em escala global amplifica as ondas de um choque emitido em alguma de suas partes, elevando a instabilidade do sistema econômico. E uma rede de poder tão concentrada pode exercer grande influência sobre mercados e (algo não tratado no trabalho) sobre políticas públicas nacionais.
Esses são alguns resultados de uma pesquisa relatada na New Scientist (ver o artigo original aqui e a matéria na New Scientist aqui).
Resultados ilustrativos enquanto se espalha o movimento dos Indignados e Occupy Wall Street pelo mundo.